Entre as minhas paredes...
⊆ sexta-feira, agosto 11, 2006 por GNM | Poesia . | ˜ 34 comentários »Entre as minhas paredes de gelo e a tua voz melíflua,
tranquei as portas com as mãos roxas, cadavéricas,
deixando cada parte de mim numa escuridão bafienta.
Tranquei-me não por ti, não por mim, não por ninguém.
Tranquei-me porque me tranquei.
Apenas me tranquei.
Amo a escuridão e o silêncio, na ausência dos teus lábios,
na ausência do teu fogo, que é minha juventude.
Somos amantes que só sobrevivem porque se desafiam constantemente,
como rivais eternos que se fitam nos extremos da grande mesa rectangular.
No fim, perderemos os dois.
E se em mim a dor se transformasse em pedra…
Ficaria para sempre imóvel!
Eternamente preso a este instante obsessivo.
Refém não da dor, mas de mim mesmo:
Já nenhuma dor me possui. Eu sou própria dor.
A sede de infinito não é uma estrela, mas um buraco negro,
onde mergulhei e me perdi para sempre…
na ânsia do veludo da plenitude.
E as portas… as portas estão bem como estão:
Trancadas! Escondendo ruínas e sangue.
Nunca mais soube das chaves.
11/8/06 6:31 da tarde Gostava de não me repetir...este poema está fortíssimo, lindo, nem sei que palavras empregar! As chaves encontrá-las-ás...Beijinhos.
11/8/06 7:53 da tarde Que saudades.. deixo um beijo e um sorriso daqueles q tenho saudades q me deixes.. beijo**
11/8/06 11:38 da tarde Realmente é um poema com muita textura, forte, sentido, como todos os teus. Obrigada poeta pela tua visita ao meu humilde blog, parabéns pelo teu livro, quem me dera pode-lo conseguir aquí na Venezuela. Um abraço
12/8/06 12:21 da manhã ????? tXImmmmmm pumhmmm cai! Parti-me todo... espera! Onde vim parar? Falta alguma coisa? não estou a ver muito bem... aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii - então e os outros posts tão lindos?! Vou chorar!!!!! Pensei que só a mim é que me dava uma travadinha! Afinal só apagaste alguns. Por norma eu apago tudo! Era tão lindo o que tinhas escrito, Gonçalo!!!! Bem, tu é que sabes. Este teu trabalho está lindo... mas faltam os outros. Abraços
12/8/06 12:21 da manhã Gonçalo!
Gonçalo!
Gonçalo!!!
Não acredito!
Não quero acreditar... onde estão os outros escritos?
NÃO
Dois é demais!!!
Penso em ti!
e como este novo poema é mais uma vez a bruma da serra na minha alma...!!!
UM BEIJINHO
12/8/06 1:11 da manhã Ora cá estou eu... e o filme que não viste comigo ficou por ver...
:)
E a inspiração continua ao rubro!
;)
12/8/06 1:26 da manhã Olá!
Passei para te ler e para te deixae um beijinho!! :)
Tudo de bom!
Beijinhos
12/8/06 4:32 da manhã Gonçalo?
:(
12/8/06 11:46 da manhã Que surpresa! Uhauuuuuuuu ... novo visual! Muito bem, por vezes é necessário mudar, proceder a novos arranjos. Está mais suave, mas o outro template não estava mal. Um abraço
12/8/06 11:50 da manhã Gonçalo!
Tão cinzento como a minha alma... entristecido como o meu sonho... mas não queria que mais estivesse assim sobre a Terra... nem guerras,
nem ódios, nem esperanças vãs... Apenas Amor no coração dos Homens!
Tudo de bom para ti e aqui vai um dos sorrisos que me deixaste em tempos... (beijito from isabel)
12/8/06 3:01 da tarde owa :o)
está lindo lindo :o)
Beijinho e bom fim de semana :o)
(p.s: vou te linkar)
12/8/06 3:27 da tarde Mudança de visual????!!! Ena!!! Não me parece que goste mais deste. Vou pensar. Beijos.
12/8/06 3:33 da tarde E porque é que tiraste os títulos?!! Beijinhos.
12/8/06 6:12 da tarde Eu pensava que havia um endereço novo...
Enfim.
Está bonito, mas não deixo de ter saudades do outro.
São diferentes, mas cada um bonito à sua maneira!
:)
13/8/06 11:45 da manhã Pois é... eu passo a vida a procurá-las, às chaves. Quando as encontrar, tenho a certeza de que não saberei o que fazer com elas. Ainda assim, as procuro...
(Anda alguma dor por este poema. Ela talvez se altere. O poema, entretanto, estratifica-a. Mas "o poeta é um fingidor"...)
Um grande abraço.
13/8/06 7:22 da tarde Há mt q poisava aqui meu olhar em busca de teus fragmentos poéticos feitos de palavras soltas d'alma.
O silêncio era profundo...
Agora [re]apareces com este poema tão negro?!
Ou será só 'inquietãção de poeta'?
De qq modo, poeta sofre... mm q se afirme 'fingidor'.
Mt sensibilizada pelas tuas palavras.
bjs
p-s O visual está mais 'legível' e 'discreto'. Diferente!
Parabéns!
O tema é sp lindo...
14/8/06 12:00 da manhã Olá...
Emocionei-me ao ler-te...
As palavras encaixam-se nos sentires...e esta música é linda...
Deixo-te um beijo mágico!
14/8/06 1:09 da manhã Continuas cheio de força e inspiração Gonçalo. Fico muito contente por te saber tão bem. O teu poema, este que li, é simplesmente FORTE e LINDO!!!
Já vejo aqui outro livro...tenho que ir às minhas pesquisas de novo ;)
Obrigado pela tua presença no meu espaço. A musica, essa é a minha fonte de inspiração e calma!
Beijos
PS: Os teus poemas já andam, pelo menos no que me concerne, a ser divulgados via e-mail ;)
14/8/06 1:34 da tarde Bom dia GNM!
...bem me parecia que nao ficarias prenhe de silencios por muito mais tempo! Benvindas, sempre, as tuas palavras. Ainda que a ti te doam... pelo menos das tuas dores, em vez de silencios agrestes, ficam estes adoráveis ramalhetes de palavras.
Bjico
14/8/06 2:41 da tarde Got your book! :)
14/8/06 4:37 da tarde Poema fortissimo de emoçoes...
14/8/06 4:37 da tarde Poema fortissimo de emoçoes...
14/8/06 6:44 da tarde As portas para ter acesso à tua escrita, sei que estarão sempre abertas e ainda bem. Parabéns pelo novo visual. Gosto muito. Grande abraço do Norte
14/8/06 10:53 da tarde Tranquei as portas, para não mais as abrir...
Esqueci onde coloquei as chaves, mas não consigo me esquecer de ti...
Beijos e bom feriado
15/8/06 11:06 da tarde Olá:)
É bom vir aqui passado tanto tempo e ver que continuas, e que a tua poesia deu frutos..quer dizer, folhas;).
(O meu antigo blog era o Transcendencia, agora mudei para um sítio mais verde). Beijinhos!
16/8/06 3:30 da tarde Muito triste... não gostei.
Beijocas
18/8/06 11:59 da manhã Lindo e a música tão bem escolhida...profundamente envolvente. Adorei.
Olha miudo...parece-me q tens as mulheres "todas" caidinhas aos teus pés...:))
(É claro q estou a brincar)
Um beijo
Sofia
18/8/06 3:32 da tarde Que poema, e que força.
São precisas chaves?
Há sitios onde nem com chaves se entra, ou sai, ou se tranca.
É o mal de termos mundos muito nossos.
Um beijo Gonçalo,
passa um bom fim de semana.
21/8/06 9:30 da manhã este poema transportou-me aos tempos em que vivia amargurado, isolado,fechado em mim mesmo, torturado pelos dentes caninos de uma noite longiqua e frustrado por pensar que não conseguiria realizar os meus sonhos, embora a luz dos mesmos continuasse ténuamente acesa dentro de mim. Mas a melhor notícia é que consegui sair de lá desse buraco negro há cerca de um ano e meio e não é fácil é preciso lutar e acreditar. É como se fossemos mesmo ex-presidiários à procura de emprego e todos sabemos como é dificil a um ex-presidiário voltar a integrar-se depois da clausura. Mas é possível e eu consegui, com uma fé em Deus, que não tinha antes de começar a recuperação à ano e meio, mas que ganhei, porque sei que foi Ele que me arrancou desse buraco fundo. hoje (per)sigo os meus sonhos com calma e paciência e rio mesmo quando o mundo me cai em cima, mesmo quando o maior problema me surge. Desde então tenho tentado que outros irmãos como eu, saiam para lutar. É preciso encontrar as chaves e não desistir. é dificil sim senhor, a mim levou cerca de 1 ano, com ajuda de um clinico, mas é possível entrar no caminho certo. Esse é o caminho errado.
qualquer pergunta é utilizar o meu mail à vontade, para conversar pelo menos.
24/8/06 12:55 da manhã Gonçalo Nuno...como estás?
Conta-me coisas...todas as coisas.
Feliz meu amigo?
Quero muito saber que sim.
Até já.
24/8/06 8:03 da tarde Destranca as portas. E vai viver...
6/9/06 9:15 da tarde Buraco negro sentimental de assimptota vertical no constragemento da ruina. Gostei.
6/2/07 1:15 da manhã Wonderful and informative web site. I used information from that site its great. »
26/7/07 5:25 da manhã é possivel viver assim? sobreviver apenas?..resistir aos dias...