Amo-te todos os dias
⊆ sexta-feira, março 31, 2006 por GNM | Poesia . | ˜ 56 comentários »Eu quero olhar-te nos olhos,
E ver-te afastar delicadamente o cabelo da cara
Enquanto encostas a cabeça à ombreira da janela da sala,
E agarrar as tuas mãos febris
Com as minhas mãos geladas
E dizer-te que as nossas mãos
São asas com que podemos voar
Para lá da pequenez desta prisão crepuscular,
E mergulhar na magnitude do mistério.
E ouvir-te dizer que voar é impossível
E dizer-te que entre nós não há impossíveis,
E ver-te procurar a serenidade num cigarro
E esconder-te o isqueiro debaixo da manta
Cor-de-fogo que cobre o sofá velho,
E ver-te ir à última gaveta do móvel de carvalho
E acender o teu cigarro com um dos infindáveis
Isqueiros que lá guardas,
E ir à última gaveta da tua alma
E de lá arrancar o teu enigmático sorriso.
E fingir que não percebo que enquanto nos beijamos
Me roubas, sub-repticiamente, o comando da televisão,
E falar-te acerca da rapariga das tranças ruivas
Que aparece, na magia dos meus sonhos,
Sentada no banco do jardim da lua,
E sorrir aos teus ciúmes de alguém que não existe,
E fingir que estou a tossir mais que aflito
E ver-te esmagar bruscamente o cigarro contra o cinzeiro
E refugiares-te no chá de cereja,
E ouvir-te elogiar as chávenas rubro incandescente,
Que trouxeste da viagem ao México,
Só porque sabes que não gosto daquelas chávenas,
E ver-te despir para tomar banho
E tocar-te como quem lê um poema em braille,
Como se o teu corpo fosse, simultaneamente,
Uma encruzilhada onde me perco
E um mapa onde me volto a encontrar,
E reter-te por séculos nos meus braços,
E fugir quando alcanças o chuveiro ameaçador,
E esperar ansiosamente que termines o teu banho
E beijar o calor da tua pele húmida quando regressas,
E sorrir ao olhar falsamente ressentido
Que lanças desde o sofá onde estás deitada
Com o cabelo molhado,
E ver-te ceder ao peso das pálpebras
Quando as horas pesam séculos sobre os olhos,
E adormecer junto a mim,
E ser percorrido pela profunda paz
Que emerge da perfeição daquele momento,
Perfeição que, felizmente, não tens:
Gosto de ti, não apesar dos teus defeitos,
Mas com os teus defeitos. Todos.
E tocar-te uma vez mais,
Mas querer também deixar-te dormir,
E acordar antes de ti,
E ir à padaria buscar pasteis de nata
E ver-te deliciar com eles
Sem te importares de semear a cama com migalhas
Enquanto eu me delicio com o teu sorriso,
E ver-te beber sumo de laranja
Segurando o copo com as duas mãos,
E pressentir que te conheço há sete vidas
E que afinal tudo isto faz sentido
Porque tu existes,
E perceber a sorte que tive em te encontrar
No meio de seis biliões de seres humanos.
Eu quero olhar-te nos olhos,
E…
31/3/06 10:14 da tarde É lindo.
De uma beleza que desarma e emudece.
31/3/06 10:46 da tarde Hoje não te li apenas, senti, revivi, e parece que foi à tanto tempo, que o olhava com os mesmos olhos com que tu a olhas a ela, neste teu belissimo escrito, aqui estão pequenos, grandes momentos, que fazem a diferença...
Sorri... pelo que tive, pelas recordações que tenho, e chorei, lágrimas tão geladas, pelo meu coração agora frio... sem o calor do dele...
Hoje mais do que te ler, foi reviver momentos de à 1 ano atrás...
Hoje chorei de novo...
Bjx
1/4/06 12:10 da manhã Quase sempre que te visito fico sem palavras perante tanta beleza de escrita... mas hoje sinto um turbilhão de palavras atropelarem-se dentro de mim ao escrever-te. Trouxeste-me um mar de recordações que não sei se quero guardar para sempre, se quero de vez em quando revivê-las... lembrar é bom. E em primeiro lugar, por esta música que me fazes ouvir. "Save me"... é uma música de histórias para mim... e depois o poema interliga-se tão perfeitamente bem! Só não gostei de uma coisa... que tivesse acabado! Dá vontade de ler cada vez mais... num amor assim vale a pena mergulhar de corpo e alma, sem receio algum. Por vezes também sinto assim o amor, como o descreves... é tão bom, não é? Adorei aquela parte em que dizes "E ver-te despir para tomar banho
E tocar-te como quem lê um poema em braille,
Como se o teu corpo fosse, simultaneamente,
Uma encruzilhada onde me perco
E um mapa onde me volto a encontrar,". Haverá palavras mais belas?... Sem palavras... beijinho.
1/4/06 1:00 da manhã ...e flutuando entre palavras, deixo passar todos os episódios como se o filme estivesse a correr... Será que tenho para aí alguma palavra que sirva para dizer como gostei deste teu escrito? Está muito belo, mesmo comovente. Gostei mesmo muito e só um agradecimento por poder ler-te.Beijinhos
1/4/06 1:13 da manhã ciúmes do que não existe...verdade em verso...bjus
1/4/06 10:36 da manhã Como hoje é sábado dia de folga do rapinanço,desejo-te um fim de semana calmo e cheio de amores.
Um dia destes passo por cá para te levar ao colo.
Fica bem.
1/4/06 12:48 da tarde Tão lindo.. vim deixar-te o meu sorriso.. beijinho*
1/4/06 3:33 da tarde lindo, lindo!!
;)
recebi o sorriso que deixaste lá!!
;)
1/4/06 3:46 da tarde é impossivel não gosta do que escreves,
E de tudo que fazes sentir.
Dos avessos em que te encontras e das cores que escondes.
É um prazer conhecer alguem que escreva com tal prazer e ver no primeiro poema, alegria e esperança.
Espero que não tenha sido somente um sonho..
Obrigada pelas palavras que deixas ficar.
Dois sorrisos às horas que quiseres.
1/4/06 3:50 da tarde Obrigado pelas tuas palavras no meu blog. As palavras escrevem-se e tomam o lugar das realidades. Somente quero ler as palavras, nada mais do que estas palavras, simplesmente isto. Quero também dizer que gostei imenso. O encanto de tudo isto é forte e nada mais do que isto, simplesmente isto e que isto se tome pelo silêncio e o silêncio tomará a voz da eternidade, aquele lugar onde não eistem afecções. Um abraço e bom fim-de-semana.
Jorge
1/4/06 4:01 da tarde A mentira vai sempre magoar quem não merece.É muito triste.
Que se fique bem e se consiga sempre olhar de frente com toda a dignidade nos olhos dos outros.
abraço.
1/4/06 5:39 da tarde Um abraço enorme para ti :-)
Tens uma escrita maravilhosa... :-)
E não posso esquecer de linkar o teu blog...
Feliz dia das... mentiras :P
Beijo doce
1/4/06 8:27 da tarde E...
lindo!
em cada verso teu senti muito amor, numa escrita maravilhosa que é a tua
que bom sentir-te assim feliz
beijinhos muitos para ti meu amigo poeta
lena
1/4/06 10:23 da tarde Olá Gonçalo Nuno Martins!
O Amor existe. Certeza.
E... escreves maravilhosamente bem... Onde tenho andado que não tenho vindo aqui?! Hmmm
E... Volta! Sim!
:)
2/4/06 12:19 da manhã Obrigado pela presença,
e muito bom estar aqui, e saborear tuas palavras...
Voltarei
Beijo
2/4/06 12:56 da manhã Gostei imenso do que li, pois detesto a escrita onanista quase masturbatória, que não se direcciona aos sentidos ou sentimentos, aqui neste escrito encontro as duas coisas que emocionalmente me tocam pela positiva. Parabéns
Um abraço
Teresa David
2/4/06 1:15 da manhã cada um começa o seu dia de sua maneira,,,
os pastéis de nata fizeram-me sorrir mais as migalhas a cairem
detesto pastéis de nata e pequenos almoços na cama, mas apreciei o gesto.
Aina há pouco se falava de violencia domestica, cada vez mais e afinal ainda há quem vá à rua buscar pastéis de nata, ainda por cima...
Um beijo , para ti
2/4/06 1:55 da manhã si hay algo que admiro de tu pais es el idioma, lo encuentro hermoso, hasta la tristeza se lee con la magia que tienen al escribirlo, y en la alegria y el amor, logran hacen volar
escribes muy lindo, lleno de sentimientos, aunaque con melancolia
gracias por tus saludos en Sucesos, la ilusion y la realidad a veces logran juntarse...el amor logra unir dos almas que se aman y estas logran sentir su piel y sus susurros y hacer realidad una ilusion y un sueño
el amor todo lo puede cuando es de a dos...cuando se ama en silencio el amor solo logra ilusiones.
te dejo un abrazo grande y que sea un lindo domingo
besos y sueños
2/4/06 1:55 da manhã si hay algo que admiro de tu pais es el idioma, lo encuentro hermoso, hasta la tristeza se lee con la magia que tienen al escribirlo, y en la alegria y el amor, logran hacen volar
escribes muy lindo, lleno de sentimientos, aunaque con melancolia
gracias por tus saludos en Sucesos, la ilusion y la realidad a veces logran juntarse...el amor logra unir dos almas que se aman y estas logran sentir su piel y sus susurros y hacer realidad una ilusion y un sueño
el amor todo lo puede cuando es de a dos...cuando se ama en silencio el amor solo logra ilusiones.
te dejo un abrazo grande y que sea un lindo domingo
besos y sueños
2/4/06 3:04 da manhã E ... q dizer perante tanta beleza???
Quem lê, sente!
Obrigado, está magnífico!!!
A discussão mencionada no meu blog, teria pano pr mangas ... mas seria um prazer "discutir" um tema daqueles com uma personalidade destas.
Um excelente Domingo :)
2/4/06 5:13 da manhã Há bocado voltei a ler este poema de forma linear (horizontal) e não diagonal como antes...
Se calhar nem devia comentar, porque não sai nada além de uns pensamentos que apenas começam sem terminar...
Escreves com a alma... mas, com disse Fernando Pessoa, "sentir, sinta quem lê" e vou ver se...
...chove?!
Sim, vou ver se chove.
Mas, não é preciso, pois está a chover. Chove nesta ilha tão de repente como faz sol...
No entanto, é de noite. Estou nesta hora que tenho a mais.
Podia nem chover, nem fazer sol, mas haver aquele escuro no qual me sinto tão... onde não me vêem... onde me posso esconder atrás da minha alma...
Chove, sim. Por isso, não precisa de haver Sol...
Neste espaço há o negro e o quase laranja de um sol que se pôr e deixa a noite sorrir.
Perdi-me... talvez... mas existem muitas almas que assim se sentem... apenas deixam guiar-se fingindo que guiam...
Um pormenor deste poema me ficou da primeira vez que o li. Resume-se ao toque de "braille". Gosto.
:)
2/4/06 10:08 da manhã cada coisa
a seu tempo
tem seu tempo
(Alberto Caeiro)
agora , é tempo de croissants...
versus ... pastéis de nata.
2/4/06 10:26 da manhã Aqui sim, palavras de quem só pode já ter abraçado o AMOR(em maiusculas, por tudo aquilo que representa nesta vida fugaz)... Quanto ao resto... caminho em pés de lã na vida, não admiro grande publicos... um beijo
2/4/06 12:22 da tarde Belissimo,como sempre os teus escritos. Gosto muito de te ler.
Bom domingo
beijinhos
Isa
2/4/06 12:26 da tarde Gonçalo, tu és um poeta de mão cheia, como o prova este poema escrito com a simplicidade do respirar e do viver.
Muito bom!
E um aplauso especial por não teres recorrido a esquemas complicados de escrita.
Os grandes poetas são assim.
Obrigado pela tua visita.
Volta sempre.
Um abraço
2/4/06 2:12 da tarde Gosto de ler-te e deixo que as tuas palavras façam eco no meu coração trazendo-me recordações.
Retribuo o teu sorriso com outro.
Bom fim de semana
Leonor
2/4/06 2:26 da tarde Sem palavras...Gonçalo. Tu és um Poeta, como diz o António e muito bem! Ele sabe. Beijos. É lindo, lindo.
2/4/06 4:36 da tarde Texto lindíssimo este, prepassado de amor e encantamento, com imagens belas e pequenos detalhes que são pequenos tesouros da memória ou do sonho. Lindo!
Um beijo.
2/4/06 4:57 da tarde Olá GNM!
Passei para te dar um beijo!
Adorei o poema e vou voltar para ler com mais calma e, provavelmente irei recitá-lo numa das próximas noites da poesia em VNF
Beijinhos poéticos e emocionados
CSD
2/4/06 5:57 da tarde Belo poema, longo assim como é longo, extenso aquilo que nos transmite. Beijos!
2/4/06 8:36 da tarde Era só para et convidar a um passeio pelo hotel.
beijo e boa semana
2/4/06 11:33 da tarde Uma vez mais o quotidiano banahdo pelo teu lirismo em boa escrita.
Tudo de bom.
3/4/06 10:32 da manhã Esta semana so leio e releio coisas que me fazem sentir...que ganas...
Lindo como sempre!
Beijo
3/4/06 1:31 da tarde E... Abraço-te e deixo-te beijos cheios de sorrisos
E... Digo que gosto de ti meu lindo de quem tenho saudades
=D
3/4/06 2:46 da tarde Mais um texto extraordinério, parabéns!
Aproveito para lhe pedir se podia fazer a gentileza de mudar o link, uma vez que a partir de agora o meu endereço é:
www.amar-ela.com
Um abraço amigo,
Daniela Mann
3/4/06 4:09 da tarde Um belíssimo poema de amor.
Apesar de comprido, gostei de o ler de uma assentada. Porque vai criando sempre novas imagens.
Abraço.
3/4/06 4:19 da tarde Ha tantos detalhes na pessoa que se ama né? Amei o seu poema e esta linda homenagem ao amo. Excelente inicio de semana. Beijos
3/4/06 7:34 da tarde Perdido num mar de comentários, descubro que afinal o rapaz gnm até tem queda para o humor requintado.
Será que também escreves com um gorro enfiado nas orelhas? Ou preferes flutuar sobre o sonho de uma noite em que se soletram palavras de olhar olhos nos olhos?
Um abraço,
João
3/4/06 9:42 da tarde A flutuar fiquei...a flutuar estou.
3/4/06 11:14 da tarde roubei um post , há pouco...
se puderes ir lá ver
beijinhos. boa noite para ti.
3/4/06 11:54 da tarde Olá qeurido GNM!
É sempre optimo vir aqui ao teu cantinho e ler-te!!! É um prazer!!
E olhar nos olhos é necessário em qualquer situação, e nessa que tu descreves, é simplesmente belo!!
Beijinhos para ti
:)))))
4/4/06 1:45 da manhã "E pressentir que te conheço há sete vidas
E que afinal tudo isto faz sentido
Porque tu existes,
E perceber a sorte que tive em te encontrar
No meio de seis biliões de seres humanos.
Eu quero olhar-te nos olhos,
E…"
Belíssima, esta descrição de "reencontro" de dois seres diferentes, mas que se reconhecem e que possibilitam a comunicação num mundo normalmente frio e distante.
A beleza do texto ao mesmo tempo que o que é relatado é tão quotidiano, tão caseiro... Belo!
Parabéns
Isabel
4/4/06 12:01 da tarde Olá GNM,
só hoje vi o que tens em "O outro lado da moeda". Chocante mas necessário, triste e belo simultâneamente, triste pq é uma realidade, belo porque há quem dê a conhecer essa realidade q tendemos a esquecer...
Fica bem!
4/4/06 1:09 da tarde não deixes de olhar...assim!!
;)
4/4/06 2:14 da tarde Brilhante esta homenagem ao quotidiano. Aos pequenos gestos que se vestem de tanta importnacia e se pintam de palavras rubras e doces.
Bjico
4/4/06 8:58 da tarde ENCONTRO DE BLOGS EM ALVITO NO PRÓXIMO DIA 22 DE ABRIL .
PROGRAMA
10h30 - POSTO DE TURISMO
Recepção aos Participantes
11h00 - AUDITÓRIO CENTRO CULTURAL
-HOMENAGEM A RAÚL DE
CARVALHO-
-Poeta natural de
Alvito.
Intervenção do Escritor
Antonio Rebordão Navarro
- CONFERÊNCIA BLOGUISTA
Temas defendidos pelos
seguintes oradores:-
-Luis Lança Silva -
(TV ALENTEJO)
-João Espinho-
(PRAÇA DA REPÚBLICA EM
BEJA)
13h00 - QUINTA DOS PRAZERES
Almoço regional
15h30 - Passeio guiado pelo
Concelho de Alvito
17h30 - Visita à Sede do Grupo
Coral
18h00 - Concerto na Igreja Matriz
(Alunos do Conservatório
Regional do Baixo Alentejo)
Valor da refeição 18€ (Dezoito euros) (crianças até 4 anos não pagam, dos 4 aos 10 anos pagam 50%)
PAGAMENTO: Deverão efectuar o pagamento até ao dia 16 de Abril, através de transferência bancária para a conta com o NIB: 0035 0084 0000 3930 700 26 da Caixa Geral de Depósitos e indicar-nos os dados que lhe são solicitados no formulário que enviamos aquando da sua inscrição .
-Desculpem a insistência e o espaço roubado mas não queremos que falte informação sobre o ENCONTRO DE BLOGS EM ALVITO A REALIZAR NO PRÓXIMO DIA 22 DE ABRIL .
As nossas saudações e os nossos agradecimentos
4/4/06 10:00 da tarde Continua... é assim que nos ofereces momentos como estes...
4/4/06 11:32 da tarde Demorei... mas consegui actualizar-me nas tuas poesias.
Gosto especialmente deste e do Perto da fronteira solar.
Parabéns e
Abraço
5/4/06 6:19 da tarde é interessante e penoso ao mesmo continua!
5/4/06 9:49 da tarde Muito Bom!
6/4/06 3:50 da tarde E
(bendita blogosfera que me trouxe até à tua poesia !!!!!!!!!!!!! Vou voltar :))
Mais palavras, sobram, aqui.
Bia (min_lx)
6/4/06 6:16 da tarde Lindo (sem palavras) Bejinho*
6/4/06 10:58 da tarde Sem palavras...fiquei a flutuar!!! E aproveito para informar que mudei de casa. Encontro-me em http://pedevento2006.blogspot.com
7/4/06 7:11 da tarde Impressionante!
Quase falta-me o ar. Ler um deste de uma rajada só pode ser perigoso! :)
Um abraço
7/4/06 9:20 da tarde "E ver-te ir à última gaveta do móvel de carvalho
E acender o teu cigarro com um dos infindáveis
Isqueiros que lá guardas,
E ir à última gaveta da tua alma
E de lá arrancar o teu enigmático sorriso."
Lindíssimo, o poema. Cala, porque as dispensa, quaisquer palavras de parabéns. E dispensa-as porque é beleza simples, pura, sem necessidade de exaltação ou reconhecimento. Assim como é toda a verdadeira beleza, que se afirma por si e em si, sem mais nada, e que é no fundo a beleza de que falam estas linhas...
Passei hoje aqui pela primeira vez, e sei que voltarei repetidamente. Para já, aceno um olá e adiciono um novo link aos meus favoritos. :)
Até breve,
A.
12/4/06 11:49 da manhã Um dos mais lindos poemas que já li. Parabéns.
Às vezes as coisas mais simples são de facto as mais belas.
..ir à padaria buscar pastéis de nata e ver-te deliciar com eles..carinho e ternura, Lindo!
Amar é também isto.Pastéis de nata e sumo de laranja e banho e ver dormir e tudo...
E gostei especialmente e sem perceber muito bem porquê deste pedacinho:
...E ver-te ceder ao peso das pálpebras
...Quando as horas pesam séculos sobre os olhos
...e adormecer junto a mim.
Muito bonito.