Violeiro
⊆ quinta-feira, janeiro 26, 2006 por GNM | Poesia . | ˜ 26 comentários »Sou um velho violeiro. Construo o último violino.
Reflexo de décadas de mil mágoas esconjuradas,
Ásperas como abismos de encostas escarpadas,
Num regresso à realidade, cruel como o destino.
Eternamente adiado, agora inevitável e repentino,
Materializam-se, em série, as imagens desfocadas,
Stradivarius é um mito diluído em águas passadas,
Esta é a obra derradeira, de som perfeito, cristalino.
Ora forte, perfeitamente profundo, grave e cavernoso,
Ora leve, ligeiramente ondulante, agudo e misterioso,
Capaz de fazer quebrar o cristal das vidas audaciosas.
Será o violino perfeito: obsessivo, exacto, luminoso…
Fruto de goivas, escopros, plainas, e rigor minucioso,
Eternamente nessas tuas mãos, suaves e fervorosas.
26/1/06 7:19 da tarde Haja unhas para esse violeiro!
Um xi
27/1/06 10:45 da manhã Um violineiro que se entrega de corpo e alma...incontornável cumplicidade entre o que compor e o tocar...gostei destas notas soltas :) Beijinhos e bom fim de semana
27/1/06 11:43 da manhã Estava eu aqui a ouvir o Mozart e a ouvir umas suas aventuras - está por todo o lado, comemoram-se os 250 anos do nascimento - e leio o teu texto. Gostei muito.
27/1/06 1:14 da tarde O meu pai pretendia que eu fosse um violeiro, mas eu apenas tinha jeito para partir as cordas, como forma de revolta por algo que, na altura não apreciava!
Agora, vejo como fui "tonto"!
PS - O som que acompanha este blogue é, simplesmente" fantástico...
27/1/06 1:37 da tarde Bonito...Beijos, bom fim de semana.
27/1/06 7:16 da tarde E a melodia k tokas é doce...
Sorrisos com beijos
27/1/06 7:23 da tarde Violino é uma paixão para mim. E o teu "Violeiro" é belíssimo.
Deixo-te aqui este poema, (que já escrevi faz algum tempo) com muito carinho.
O Choro do Violino
Nas cordas de um violino
Caudais de choro eu consigo ouvir
Rios afluentes seguindo o seu destino
Cada nota, caudículo em água caído
Paganini no fluir mirífico, esplendor!
“Os Capricci” lágrimas e sangue
Ora brando ou terrentoso
Mescla mística tónica, toar de dor e d’amor
Música de um corpo de cordas feito
Água que corre, da madeira faz tambor
Choro de mágoas apertado contra ao peito
Cordas que gritam! num suave acto osculador.
Teu corpo de toque macio
Leva-me para longe, magia de um hino
Vou na corrente, nesse caudal que é um rio
Ao som d’esses gemidos, que são teus!
Violino...
(© Betty Branco Martins)
Beijinhos
Bfs
27/1/06 8:21 da tarde e todos nós somos como os violinos.. ora fortes, ora leves.. esplendorosos num instante e noutros esquecidos.. com cordas as partidas.. lembrando o que fomos um dia :) até la, e como tu gentilmente sempre me desejas, o melhor é sorrir :) beijo
27/1/06 11:09 da tarde Uma arte diga-se... e acho que já são poucos aqueles que a ela se dedicam! Um vilolino no ombro, sob o queixo que o ampara... nos dedos os acordes, na mão a ligeireza do arco que as beija... uma mestria numa arte de quem sabe... e tudo é melodia!!! Gostei, beijinhos
27/1/06 11:48 da tarde Tu e as tuas palavras é que parecem violinos... um violino misterioso que emite um som verdadeiramente mágico, de querer ler e reler, reler, reler... de onde te vem toda essa inspiração?
Cada dia adoro mais a tua escrita, tens mãos de fada para as palavras...
Hoje estou um pouco triste, por isso vou ficar-me por aqui... posso contagiar alguém e o que gosto mesmo é de transmitir alegria.
beijinho.
27/1/06 11:49 da tarde Tu e as tuas palavras é que parecem violinos... um violino misterioso que emite um som verdadeiramente mágico, de querer ler e reler, reler, reler... de onde te vem toda essa inspiração?
Cada dia adoro mais a tua escrita, tens mãos de fada para as palavras...
Hoje estou um pouco triste, por isso vou ficar-me por aqui... posso contagiar alguém e o que gosto mesmo é de transmitir alegria.
beijinho.
28/1/06 12:08 da manhã uma lufada de ar fresco este poema musical :)
Bjx e bom fim de semana
28/1/06 5:39 da manhã Estas palavras já têm a sonoridade de um acorde tirado de um stradivarius...talvez tocado por Sherlock Holmes...quem saberá...são sonhos...
28/1/06 2:00 da tarde Um acorde perfeito, tocado no violino, por mãos de mestre. Bom fim de semana :)
28/1/06 3:16 da tarde Poema belo de imagens expresivas e de tema pouco vulgar!
Gostei ... e tento seguir o teu conselho e sorrir :-))
Beijinho
28/1/06 6:36 da tarde Ai, ai. Não consigo ler nada com esta música de fundo, pá! Apre.
lol
Gê éne éme, tem um bom fim-de-semana :)*
28/1/06 9:32 da tarde E porque sem saber deixei d comentar, pensava q ja n existia mas ainda existe... a enorme feitura das tuas palavras quebra o meu silencio, simplesmente,parte.se como um prato q cai da bancada e q fica desfeito em + d mil pedaços... Continuo na enorme ignorancia de saber quem es, quem foste ou quem viras a ser. Talvez a ignorancia do meu saber seja um dia descberta com a increteza d uma certeza.
28/1/06 9:34 da tarde um belo soneto!
cada verso teu ondula ao som do violino, misterioso
a magia tomou conta de mim em cada momento que te lia e escutei esse violino
beijinhos meus, muitos
lena
28/1/06 9:54 da tarde Oi GNM!
Belíssimo soneto.
Abraços do CC.
28/1/06 10:20 da tarde Vou comentar aqui... mas poderia ser em qualquer outro.
Deslumbro-me nas palavras e na sonoridade que estas me transmitem em cada verso... e digo-te caro amigo... são musica nos meus sonhares.
Abraço-te caro poeta
29/1/06 12:05 da manhã Muito bonito este poema!
É sempre bom ler-te!
Tem um óptimo fim-de-semana!
~*~
29/1/06 2:53 da manhã Sempre com esta enorme capacidade de transformares as palavras em música...
Um beijo muito grande
29/1/06 10:04 da manhã GNM,
O violino é um dos instrumentos que nos permite apurar os nossos sentidos porque nosa proporciona musica.
Bom domingo.
29/1/06 11:23 da manhã a obra nunca estará acabada, será sempre preciso dar-lhe mais um retoque, uma afinação, uma pincelada aqui e ali...
boa música!
29/1/06 3:27 da tarde Como adoro esse instrumento, belo!!
Adorei também o poema "postado" antes deste!!! Líndo!
Beijinhos
Sorrisos :)
3/2/06 8:07 da manhã gostei
muito
bfs,
***maat
A música e canto são excelentes