simples sabor da água límpida
⊆ sábado, janeiro 14, 2006 por GNM | Poesia . | ˜ 35 comentários »os homens medem-se pelos gestos
todas as cores que derramam
são absorvidas pela tela da vida
escondem-se por trás de títulos e vitórias suadas
escondem-se por trás de bens
efémeras dádivas
na hora do crepúsculo todos estaremos nus
o meu crepúsculo é o teu crepúsculo
a minha casa é a tua casa
o meu mundo é o teu mundo
tu e eu somos o universo inteiro
falhado como um poema
qualquer poema é um falhanço
se não fosse um falhanço não seria poema
antes o fervor líquido de duas bocas comprimidas
consagrando a insolência dos corpos em chamas
os únicos lábios que beijámos foram os das nossas feridas
somos a desordem da ordem podre
somos ordem
eucaliptos enfileirados
amor de infinitas reticências
amor que não está morto
amor que não está vivo
tu és apenas tu
eu sou apenas eu
amor é apenas amor
ideia
não se pode aprisionar nas algibeiras
não tem alfandegas nem fronteiras
nem palavras nem barreiras nem maneiras
ébria simplicidade
soterraste a chave da última gaveta de mim
mar salgado perdido para sempre
a verdade não mergulha em água doce
foi ferida por um leito espinhoso
respira na alma nua atingida pelo fogo
sufoca-me na garganta o grito de reinício
como se a vida não existisse para além da tua carne
indefinição do leito abstracto
onde tudo acaba tudo recomeça
retiro os escombros do peito
e construo dentro de mim uma nova casa
com vista para o impossível
mas os tijolos sangram
como se estivessem a ser utilizados
para a construção de um túmulo
jamais
estou mais vivo que a própria vida
direi à morte quando vier
de mansinho ao meu encontro
durante os próximos cem mil anos
caminho pelas palavras para um eu desconhecido
só quem sabe o que é
pode escolher o que quer ser
não quero saber o que sou
caso seja alguma coisa
o desconhecimento é a minha única verdade
14/1/06 1:22 da manhã Não preciso dizer-te o prazer que é visitar-te e devagarinho, beber as tuas palavras. Como escreves! Como traduzes bem os sentimentos, as vivências, a vida!
E terminas de uma forma genial: o desconhecimento é a minha única verdade. Quem dera que todos pensassem assim. Seria o motor para tanta coisa...
Beijos para ti e obrigada pela tua visita.
14/1/06 12:59 da tarde Comentar as tuas palavras, que dão forma vida e cor e moldam este poema...muito dificil. Mas não é dificil deixar-me embalar, abraçar pelo que elas transportam e nos fazem sentir. Beijos e um excelente fim de semana.
14/1/06 3:15 da tarde embalo-me nos sabores das tuas palavras,
imagino-as únicas,
numa tela cheia de cores
e encanto-me com o poema que saí dentro de ti, cheio de emoção
beijinhos meus
lena
14/1/06 3:33 da tarde Este poema é um carrossel... Repleto de altos e baixos!
14/1/06 5:49 da tarde E prontos é de perder o fôlego... =P
Sorrisos com beijinhos
=P
14/1/06 8:42 da tarde enfim, gonçalo, alguma desilusão por aquilo que a humanidade apresenta porque sabes que ela é capaz de melhor se quiser.
se quiser, gonçalo, se quiser.
abraço da leonoreta
14/1/06 9:18 da tarde Está magnifico e profundo!!! Gostei, melhor ainda... adorei! Beijinhos
15/1/06 2:48 da tarde Nada saber...tentar descobrir, aproximarmo-nos...tão bom! Um poema cheio de força, este!! Beijinhos
15/1/06 3:43 da tarde Gostei, mas gostei mesmo muito!
Ficou-me nas mãos: "os únicos lábios que beijámos foram os das nossas feridas"
Beijo grande,
Cacau
16/1/06 12:58 da manhã O poema está magnifico!
Tem um excelente começo de semana!
~*~
16/1/06 3:33 da tarde A força das palavras que eclodem com tanta intensidade...magnifico! Um beijo enorme
16/1/06 5:41 da tarde deixas-me sempre sem palavras ...
porque ao ler as tuas, acho que nao e necessario dizer mais nada.
Beijo enorme
16/1/06 10:03 da tarde caminho pelas palavras para um eu desconhecido
só quem sabe o que é
pode escolher o que quer ser...
Gonçalo é magnifico!
beijo grande e muito carinho
17/1/06 12:20 da manhã Por momentos perdi o fio á meada...demasiada coisa. Mas encontrei-a no fim do poema :) bjs recatados da Princesa
17/1/06 12:44 da manhã Como sempre, gosto da leitura que nos proporcionas.
passei por aqui para te deixar votos de uma boa semana e ver as novidades.
Bjx
17/1/06 9:07 da manhã ONDE TUDO ACABA TUDO RECOMEÇA
eu diria
"é a partir das maiores derrotas que se constroem as maiores vitórias"
não sei quem disse mas tanto importa que fosse Simone de Beauvoir ou Blixten em "África Minha" um dos filmes que mais me marcou, em certa época.
Bjs
17/1/06 1:46 da tarde realmente belo o que vejo aqui. Belo dia para vc.
17/1/06 2:14 da tarde Os tijolos sangram na reconstrução...
Bjk
17/1/06 5:09 da tarde Li o poema de um fôlego. Belíssimo. E tão verdadeiro!
Beijinho e votos de uma óptima semana
18/1/06 1:10 da manhã «Caminhamos pelas palavras para» onde? Cem mil anos de desassossego em cada palavra!
Abraço!
18/1/06 3:17 da tarde "os únicos lábios que beijámos foram as nossas feridas..." guardo este verso. Muito bem. Abraços
18/1/06 4:07 da tarde forte e com uma certa fúria ( no bom sentido). Dizes: «sufoca-me na garganta o grito(...)» e nós podemos constatar k a tua garganta não está nada sufocada. Está bem potente. Bjocas. Há novidades nas minhas 3 casas ....
18/1/06 7:45 da tarde Numa única palavra, FABULOSO!
É dificil dizer muito mais...
Deixo o meu abraço carinhoso e parto a meditar nas palavras lidas.
Um beijo :)
18/1/06 10:40 da tarde Gnm, como sempre as tuas palavras são esbeltas!! Sério, gosto tanto de te ler!! Fantástico!!
Há certas "linhas" que acredito que poderiam ter sido escritas por mim, percebes? Poraque sinto-as tão bem!! :)
"os homens medem-se pelos gestos
todas as cores que derramam
são absorvidas pela tela da vida"
Um beijinho a sorrir :)*
18/1/06 11:02 da tarde "simples sabor da água límpida
Tão límpido - profundo e verdadeiramente belo este teu poema.
Beijinhos
18/1/06 11:28 da tarde Por vezes, e de acordo com o que vivemos, as palavras tocam-nos e embatemos nas nossas verdades.
Gostei...
19/1/06 7:39 da tarde com que entao a insolencia dos corpos em chamas... insolencia é comigo caro colega e corpos em chamas tambem o poderá ser mas nao queria entrar por aí... é de se respirar bem antes da leitura para se chegar ao fim... ora entao um grande bem haja
19/1/06 8:48 da tarde ESTE É UM RECADO a todos os que participaram, de algum modo, em minha história no mundo dos blogs. Alguns têm minha admiração e carinho (embora virtuais) mais intensos, naturalmente. Entretanto, a todos os que caminharam comigo por todo este tempo no Vertentes de Mim, mesmo que tenha sido somente algumas quadras, têm grande valor, pois, relendo alguns antigos comentários, tenho ótimas lembranças. ESTOU REPUBLICANDO alguns textos no Vertentes de Mim, o que deverá acontecer até começo de abril, quando o blog completa seu primeiro ano no ar. E você está sendo convidado a relembrar (o conhecer o que ainda não leu) parte dessa história. UM BEIJO EM SEU CORAÇÃO!!!!! Ps.: tomei vergonha na cara e te adicionei em minha lista de links!
21/1/06 5:16 da tarde Uma semana sem ler um poema teu?!Estou com saudades! Verdade. Vá...Beijos.
22/1/06 10:38 da manhã obrigado pela visita gonçalo. trouxe-te uma nostalgia boa com as rimas. que bom!
abraço da leonoreta
22/1/06 11:22 da tarde Sim , medimo-nos pelos nossos "gestos". É um poema de grande fôlego. Tudo de bom.
3/2/06 6:17 da tarde Gostei muito do ritmo. Excelente :) Ao meu jeito.
16/2/07 6:05 da tarde Where did you find it? Interesting read bondage comics Bontril+buy+tramadol+online+bontril+online+buy+bontril The ferrari in the movie bad boys 2 Newport beach liposuction breast augmentations botox Alarm system monitoring companys car simonize wax Dsl in zepherhills florida Z czego zlozony jest xenical
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