Não sei o que queres dizer com glória, disse Alice.
Humpty-Dumpty sorriu, com desprezo. Claro que não, até que eu te diga. Quero dizer "aí tens um belo argumento que te arruma!"
Mas "glória" não significa um belo argumento que te arruma
, objectou Alice.
Quando eu uso uma palavra, disse Humpty-Dumpty, em tom de escárnio, ela significa o que eu decidir que significa, nem mais nem menos.
O problema é, disse Alice, se se pode obrigar as palavras a significar tantas coisas diferentes.
O problema é, disse Humpty-Dumpty, quem manda. Apenas isso.

Lewis Carroll, Alice no país das maravilhas




rascunhos
de
abordagens
(eventualmente)
literárias



GNM


Nasci muito perto do fim dos anos 70. O meu nascimento aconteceu às primeiras horas de um dia gelado de Dezembro, e, desde aí, jamais consegui libertar-me do frio que se fazia sentir naquele dia. A normalidade foi algo que durante toda a vida inconscientemente ansiei, mas sempre recusei. Em criança ela espreitava-me durante a noite, olhando-me do lado de fora da janela. E eu, fingindo não a ver, fechava as cortinas...

Inexistência

⊆ sábado, agosto 27, 2005 por GNM | ˜ 8 comentários »

Eu não existo.
Não tenho dores,
Não tenho amores,
Porque persisto?

Se não sou nada,
Porque continuo por esta estrada?

Estou condenado,
Sou apenas um cadáver adiado.


8 respostas a Inexistência

  1. Anónimo Says:
    Cm smp fantástico!!!! A essência da vida!!! Vivemos ou existimos?? A batalha... A vida... Os obstáculos... Viver... Sermos nós!!! Ah é verdade tmb adoro Júlio Verne!!!
    Aki fica um poema de um dos meus poetas favoritos:

    Eu

    Eu, eu mesmo...
    Eu, cheio de todos os cansaços
    Quantos o mundo pode dar. —
    Eu...
    Afinal tudo, porque tudo é eu,
    E até as estrelas, ao que parece,
    Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças...
    Que crianças não sei...
    Eu...
    Imperfeito? Incógnito? Divino?
    Não sei...
    Eu...
    Tive um passado? Sem dúvida...
    Tenho um presente? Sem dúvida...
    Terei um futuro? Sem dúvida...
    A vida que pare de aqui a pouco...
    Mas eu, eu...
    Eu sou eu,
    Eu fico eu,
    Eu...

    Álvaro de Campos
    Bjs gandis
  2. Anónimo Says:
    Não devia o último verso vir em itálico?
  3. Lyra Says:
    "Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
    Não há nada mais simples.
    Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte. Entre uma e outra todos os dias são meus."
    Alberto Caeiro
  4. Maria Carvalho Says:
    Porque esta estrada nos leva a um destino que ainda queremos conhecer, só por isso. Beijos
  5. Raquel Vasconcelos Says:
    Imensa realidade... a última frase.
  6. Anónimo Says:
    vou o decorar
  7. Anónimo Says:
    Adoro ler esses lindos versos! Muitas vezes, estamos sensíveis e quando se depara com lindas palavras...tudo parece clarear e nos sentimos muitíssimo bem.
    Uma boa semaninha pra vc e receba uma grande beijoca da amiga, Mary Help!
  8. Anónimo Says:
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